16 de junho de 2023

Microsserviços vs. Arquitetura Monolítica: Qual escolher?

Se você está pensando em desenvolver uma aplicação, provavelmente já ouviu falar sobre duas abordagens arquiteturais populares: microsserviços e arquitetura monolítica. Mas qual delas é a melhor opção para o seu projeto? Vamos compará-las e descobrir.

Microsserviços: Flexibilidade e Resiliência

A arquitetura de microsserviços oferece uma abordagem mais flexível e modular. Aqui, a aplicação é dividida em componentes menores, chamados de microsserviços, cada um responsável por uma funcionalidade específica. Cada microsserviço possui sua própria base de código, linguagem de programação e banco de dados, e pode ser desenvolvido e implantado de forma independente.

Uma das principais vantagens dos microsserviços é a escalabilidade granular. Você pode escalar apenas os microsserviços que precisam de mais recursos, sem a necessidade de escalar toda a aplicação. Além disso, o desenvolvimento e a implantação independentes permitem a adoção de novas tecnologias e frameworks com facilidade. Se um microsserviço falhar, os outros podem continuar funcionando normalmente, garantindo a resiliência do sistema.

Porém, a arquitetura de microsserviços também traz desafios. A complexidade de comunicação entre os microsserviços precisa ser gerenciada adequadamente, adicionando uma camada extra de complexidade à arquitetura. Além disso, gerenciar um grande número de microsserviços requer uma estratégia sólida de orquestração, monitoramento e gerenciamento de dependências.

Segundo o nosso Software QA Analyst Marcos Oliveira, os microsserviços são uma abordagem de arquitetura para a criação de aplicações. Como um framework de arquitetura, os microsserviços são distribuídos e levemente acoplados, de modo que as mudanças feitas por uma equipe não corrompam toda a aplicação.  

Arquitetura Monolítica: Agilidade vs. Complexidade

A arquitetura monolítica é uma abordagem tradicional, em que todos os componentes e funcionalidades estão interligados em um único e grande monólito. Isso significa que todas as mudanças e atualizações são feitas em um único código-fonte, o que pode tornar o desenvolvimento inicial mais rápido. Além disso, a infraestrutura e implantação são simplificadas, já que tudo é executado em um único processo.

No entanto, a escalabilidade é limitada na arquitetura monolítica. Se você precisar escalar a aplicação, será necessário escalar todo o monólito, mesmo que apenas uma parte específica exija mais recursos. Além disso, qualquer mudança em uma parte da aplicação pode afetar outras partes, exigindo testes e implantações mais abrangentes. E, por ser desenvolvida em um único código-fonte, é mais difícil adotar novas tecnologias ou frameworks.

“Na arquitetura monolítica, toda a aplicação é construída como um único e grande monólito, onde todos os componentes e funcionalidades estão interligados sendo executados em um único processo. A aplicação é normalmente desenvolvida em uma única base de código, geralmente utilizando uma única linguagem de programação e um único banco de dados. As diferentes funcionalidades e módulos da aplicação são agrupados e dependem uns dos outros diretamente.” explica Marcos Oliveira, que é graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

Resumo

Em resumo, a principal diferença é que a arquitetura monolítica é uma aplicação única e integrada, enquanto a arquitetura de microsserviços divide a aplicação em componentes menores e independentes, cada um responsável por uma funcionalidade específica.

A arquitetura de microsserviços e a arquitetura orientada a serviços (SOA) têm algumas semelhanças, mas também algumas diferenças significativas. Vamos explorar essas semelhanças e diferenças.

Tanto a arquitetura de microsserviços quanto a arquitetura orientada a serviços são abordagens para o desenvolvimento de sistemas distribuídos e escaláveis, que buscam promover a modularidade, a reutilização de componentes e a interoperabilidade. Ambas as arquiteturas têm como objetivo principal a criação de serviços independentes e desacoplados, que podem ser desenvolvidos, implantados e escalados independentemente uns dos outros.

Aqui estão algumas semelhanças entre as duas arquiteturas:

Serviços independentes: Tanto na arquitetura de microsserviços quanto na arquitetura orientada a serviços, os sistemas são divididos em serviços independentes que possuem suas próprias responsabilidades e são implantados e gerenciados separadamente.

Desacoplamento: Ambas as arquiteturas promovem o desacoplamento entre os serviços, permitindo que sejam desenvolvidos, atualizados e substituídos independentemente uns dos outros.

Interoperabilidade: Tanto os microsserviços quanto os serviços na arquitetura orientada a serviços podem ser projetados para se comunicarem entre si usando protocolos padronizados, como HTTP, REST, SOAP, entre outros.

Reutilização de componentes: Em ambas as arquiteturas, a reutilização de componentes é incentivada, o que permite que funcionalidades específicas sejam compartilhadas e consumidas por diferentes serviços.

No entanto, existem algumas diferenças importantes entre as duas arquiteturas:

Granularidade: Os microsserviços são geralmente mais granulares e focados em funcionalidades específicas do que os serviços na arquitetura orientada a serviços. Isso significa que os microsserviços tendem a ser menores e mais especializados, enquanto os serviços na SOA podem abranger funcionalidades mais abrangentes.

Composição: Na arquitetura orientada a serviços, a composição de serviços é geralmente realizada por meio de barramentos de serviços ou orquestração centralizada, enquanto na arquitetura de microsserviços, a composição é frequentemente alcançada por meio de chamadas diretas a outros microsserviços.

Escalabilidade: A arquitetura de microsserviços é frequentemente projetada para suportar a escalabilidade horizontal, ou seja, adicionar mais instâncias de um determinado serviço, enquanto a SOA não é tão fortemente focada na escalabilidade horizontal.

Qual escolher?

A escolha entre microsserviços e arquitetura monolítica depende das necessidades do seu projeto. Se você está buscando agilidade no desenvolvimento inicial e não prevê grandes necessidades de escalabilidade, a arquitetura monolítica pode ser uma opção viável. Por outro lado, se você precisa de flexibilidade, escalabilidade granular e resiliência, os microsserviços são a escolha certa.

Lembre-se de considerar também a complexidade e o overhead de gerenciamento dos microsserviços. Se você tem uma equipe experiente em arquiteturas distribuídas e está disposto a investir no gerenciamento adequado, os microsserviços podem trazer grandes benefícios.

Porém é sempre importante que o sucesso do seu projeto dependerá de uma análise cuidadosa das necessidades e recursos disponíveis. Ambas as abordagens têm vantagens e desvantagens, cabe a você e sua equipe decidir qual se encaixa melhor no seu contexto.


Autor: Marcos Oliveira - Software QA Analyst - Equipe SaleSquad
Revisores: Flávio Nakazato - Team Leader  - Equipe SaleSquad
Lílian Oliveira - Analista de Marketing